A Cassi assinou, na sexta-feira, 8 de novembro, convênio de reciprocidade com a Geap Saúde, o plano dos servidores públicos federais, estaduais e municipais, que permitirá o compartilhamento de ambas as redes de prestadores em todo o país, incluindo clínicas e hospitais, nas localidades onde a Cassi e a Geap não possuem suas próprias redes de atendimento.
O acordo foi assinado pelo presidente da Cassi, Cláudio Said, e pelo diretor de Risco Populacional, Saúde e Rede de Atendimento, Fernando Amaral.
A Cassi tem 80 anos de existência e uma rede de 28 mil prestadores. A Geap foi fundada há 79 anos e conta com 17 mil prestadores.
“É um importante avanço na relação com as demais autogestões, em especial aquelas ligadas às empresas do setor público, cuja população necessita de atendimento no interior. Nas capitais, onde as operadoras dispõem de sede própria, a rede não pode ser compartilhada”, afirma Alberto Alves Júnior, diretor de Relacionamento com Clientes da Cassi.
O compartilhamento das redes no interior pode ser uma solução para muitas localidades onde a pequena quantidade de participantes torne o credenciamento pouco atrativo para os prestadores. No contrato de reciprocidade firmado com a Geap, a Cassi passou a poder atender cerca de 46 mil participantes a mais do que aqueles já existentes em nossos planos e demais convênios, algo em torno de 5%.
“Além disso, o convênio traz vantagens financeiras, uma vez que os atendimentos utilizados pelos participantes das outras operadoras são ressarcidos por meio de uma remuneração acima daquela utilizada para fazer gestão dos próprios planos Cassi. Esses recursos são utilizados diretamente, por exemplo, para cobertura das despesas administrativas do Plano de Associados.”
Nos dez primeiros meses de 2024, foram arrecadados R$ 42 milhões líquidos com convênios de reciprocidade, representando aproximadamente 12% do total de R$ 360 milhões que as operadoras ressarciram à Cassi por uso da nossa rede (utilização dos participantes) no mesmo período. Para se ter uma ideia, a razão entre a despesa administrativa e a receita total da Cassi, também conhecida como índice de eficiência, é de 7%.
O convênio de reciprocidade fechado com a Geap conta com garantias financeiras sólidas que asseguram o ressarcimento das despesas assistenciais de seus participantes.
O acordo com a Geap é o 28º convênio de reciprocidade que a Cassi assina com outras entidades de autogestão em saúde, que são aquelas que não possuem fins lucrativos, buscam garantir a prestação permanente de serviços de saúde para seus respectivos participantes e têm gestão compartilhada entre as empresas patrocinadoras e seus trabalhadores.
A importância dos convênios de reciprocidade
Autorizados e normatizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os convênios de reciprocidade entre as autogestões são estratégias para enfrentar um mercado de saúde que impõe custos assistenciais crescentes, geralmente com taxas mais de duas vezes superiores aos índices oficiais de inflação.
Essas parcerias aumentam o poder de negociação da Cassi junto aos prestadores de serviços de saúde, com possibilidade de redução de preços em função do número de vidas atendidas.
Além disso, os convênios também permitem utilizar as redes locais dos parceiros naqueles estados em que suas redes de prestadores são maiores do que as da Cassi. São os casos, por exemplo, dos convênios com o antigo Besc (incorporado pelo BB), onde a Cassi utiliza a rede credenciada do SIM (plano de saúde do Besc); com a CASSEMS, autogestão dos servidores do governo do Mato Grosso do Sul; e com a CABERGS, autogestão dos funcionários do Banco do Estado do Rio Grande do Sul.