O diretor de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes da Cassi, Alberto Alves Junior, inaugura este novo canal de comunicação dos eleitos na chapa Cassi para os Associados com uma entrevista em que explica o plano de gestão da nova diretoria e reafirma os compromissos assumidos durante a campanha eleitoral de abril e maio visando melhorar o atendimento aos participantes.
Leia a entrevista, que está separada por tema, ou assista ao vídeo.
Como foi a transição após a eleição
Depois da eleição da Cassi, em maio, já iniciamos um processo de transição que possibilitou, tanto a mim quanto aos demais gerentes executivos que estavam entrando em minha equipe, que pudessem acompanhar tudo aquilo que estava sendo feito na Cassi, de uma forma mais detalhada. Conseguimos fazer uma leitura muito importante e já em junho apresentamos o nosso plano de gestão para os próximos quatro anos.
O desafio dos novos planos
Importante destacar algumas coisas que se tornaram desafios para nós. Um deles, por exemplo, são os novos planos. Entramos com os Planos Vida bloqueados, suspensos para novos entrantes. E por que isso? Porque a sinistralidade dos planos estava muito superior àquilo que se entendia ser razoável. Sinistralidade de 140%, de 130%, principalmente em Salvador e em Brasília. A nossa preocupação ao receber essa informação é a necessidade de tê-la como um desafio a ser resolvido.
A Cassi, a priori, não tem uma gestão de planos como as outras operadoras. Nós ficamos preocupados com essa situação, e solucionar esse problema é um dos objetivos do nosso plano de gestão.
A rede de prestadores
Os outros aspectos da gestão estão muito alinhados com o que prometemos na campanha. Estamos falando da rede de prestadores. Nós já estamos com uma equipe focada na revisão da rede, na ampliação da rede no interior, em especial naquelas especialidades que são muito demandadas e que a gente percebe que está gerando muita garantia de atendimento.
Sobre garantia de atendimento, entramos com estoque muito grande, aproximadamente 4 a 5 mil garantias de atendimento na fila de espera. É um estoque a ser solucionado e estamos focados nisso. A revisão da rede, de todo processo de reembolso, do processo de garantia de atendimento e a formação da rede de prestadores, que é o que realmente evita a garantia de atendimento, já estão sendo tratadas.
Criação da assessoria ao participante
Um projeto importante que está em andamento é a assessoria ao participante, que nós já iniciamos em apenas em três meses de nossa gestão. O que é assessoria ao participante, que falamos muito durante a campanha? É uma estrutura dentro da Central de Atendimento que possibilita ajudar os participantes a resolverem seus problemas de negativas de autorizações.
Muitas das autorizações que são negadas na Cassi, por aspectos burocráticos ou técnicos, podem ser ajustadas e logo em seguida autorizadas. Hoje o participante fica solto, depois de uma negativa ele não sabe o que fazer. Então a assessoria ao participante tem o objetivo de ajudar o participante a resolver esses problemas.
Já estamos com uma equipe multidisciplinar montada dentro da Central de Atendimento, que inclui assistentes sociais. Colocamos uma gerência de estratégia organizacional dentro da Central e ela refez todo o modelo de atendimento da Central.
Acredito que em até seis meses vamos ter pelo menos grande parte de tudo isso implementado, com o objetivo de proteger o participante e garantir que a necessidade do participante seja atendida o mais rápido possível e com as melhores práticas médicas.
Priorizar e agilizar pedidos de autorização mais críticos
Como parte da assessoria ao participante, já começamos a implementar também a assessoria técnica de análise de autorizações dentro da Central de Atendimento, que prevê o uso de Inteligência Artificial para agilizar o processo de avaliação e priorizar os casos mais urgentes.
Todos os pedidos de procedimento feitos pelos prestadores de serviços da Cassi passam pela Central de Atendimento. Os casos de baixa complexidade são autorizados automaticamente pelo sistema da Central.
As solicitações de procedimentos de média e alta complexidade são avaliadas pela auditoria da Central, composta de médicos de todas as especialidades. Elas entram em uma “fila” por ordem de chegada. A autorização dos casos de média complexidade demoram em média 10 dias para serem concluídas e os de alta complexidade levam em torno de 21 dias.
A criação da assessoria técnica de análise de autorizações vai realizar uma distribuição mais inteligente dos pedidos, de modo a agilizar o atendimento e priorizar os casos que realmente precisam ser priorizados.
Rever o modelo de regulação
Outro foco da assessoria ao participante, que está sendo trabalhado na Sede de forma multidisciplinar, com gerentes executivos de todas as áreas da Cassi, é a revisão do modelo de regulação. Ou seja, a forma como entram os pedidos, como eles são analisados numa primeira camada e depois como eles serão tratados numa segunda camada.
Hoje, muitos desses processos precisam ser encerrados para entrar numa etapa seguinte. Nós estamos querendo trazer todas essas etapas para um momento só, e que ele seja analisado de forma multidimensional. Ou seja, que os aspectos como OPME, os procedimentos em si que estão sendo solicitados, os argumentos que estão sendo utilizados, a avaliação tecnológica, tudo isso seja feito ao mesmo tempo, em vez de ficarmos encerrando uma fase para iniciar outra e ter que retornar para a análise. Isso leva muito tempo. Queremos fazer esse processo de uma só vez, inclusive com outros recursos, como análise em segunda opinião, rede referenciada etc.
Sistema de avaliação de prestadores
Outro aspecto importante que também queremos informar aos associados é que estamos avançando significativamente na avaliação de prestadores. Na campanha, falamos muito da necessidade de se poder acessar o cadastro de prestadores e ter uma marcação onde identifique quais são aqueles que melhor se adequam aos nossos protocolos, aqueles que foram melhor avaliados pelos participantes que já passaram por aquele serviço. Essa informação é extremamente relevante para que a gente possa encaminhar nossos participantes para aqueles prestadores parceiros, aqueles que atendem rigorosamente os protocolos da Cassi, das sociedades médicas brasileiras e da ANS.
Esse é um ponto que a gente está avançando muito e que muito em breve também estaremos colocando em prática.